“Precisamos de alguém com mais experiência.” – O sonho de todo entrevistado deve ser ganhar uma moeda (emprego também serve) para cada vez que ouve isso. Mas qual é o valor da experiência para um profissional? Obviamente, no trabalho ou em qualquer coisa que você faça, a experiência pesa bastante no seu desempenho. E será que ela deve ser decisiva em uma contratação?
Ao pé da letra, podemos nos referir à experiência como: “Conhecimento ou aprendizado obtido através da prática ou da vivência: experiência de vida; experiência de trabalho.”. Indo diretamente à parte prática da coisa: Se a experiência é um aprendizado obtido, podemos dizer que não basta ter praticado ou vivido algo se você não aprendeu com isso. Você pode trabalhar a vida inteira em determinado ofício, mas só terá experiência se houver aberto sua mente e procurado entendê-lo através de seus erros ou acertos. A experiência pode ser decisiva na contratação, desde que se saiba como avaliá-la. Cheque, caros contratantes.
Nossas faculdades ou cursos diversos formam uma quantidade exorbitante de profissionais todos os anos. Quem já esteve lá pôde observar que dentre os que saem, há estudantes excepcionais e também medíocres. Isso se tratando apenas da experiência adquirida em aula, que ainda deve ser somada a estágios ou trabalhos ao longo do curso (e da vida). Dentro das empresas também há funcionários que variam em desempenho. Tem os esforçados, autodidatas, geniais, participativos, criativos, líderes, e também seus opostos. Cada um com sua disposição e capacidade de aprender, crescendo dentro de seu ritmo e atuando à sua maneira. Obviamente, cada pessoa varia conforme sua experiência escolar e profissional, e isso a torna mais ou menos apta.
O que muitos contratantes não levam em conta é que números são só indicativos. Aqui vão algumas perguntas que devem ser pensadas e respondidas por cada um:
– Quanto valem as notas ou anos de trabalho frente à capacidade de resolver um problema real a ser solucionado na empresa?
– Os 30 anos de “experiência” do profissional mais velho agregaram algo ou ele passou esse tempo todo sem aprender?
– O profissional mais jovem tem potencial de aprender rápido o que precisa saber?
-Caso a pessoa seja contratada, vai conseguir interagir com seus colegas e sua função?
Também há a questão de compatibilidade com a vaga em questão. O tempo de experiência pode tender a isso, mas não é determinante para maturidade, responsabilidade ou compromisso, que podem ser requisitos desejados.
Contratantes tendem a fazer as mesmas perguntas repetidas esperando que algum entrevistado os surpreenda, e não percebem que a melhor maneira de avaliar uma pessoa é vendo-a agir/reagir. Baseados em respostas simples podem ser facilmente ludibriados por algum charlatão bom de papo, e normalmente demoram a perceber isso após a contratação. Testes práticos não mentem e podem revelar muito mais sobre uma pessoa do que perguntas diretas. Através da prática pode-se avaliar além de aptidão; pode-se ver como alguém lida com dificuldades, qual sua capacidade de encontrar soluções ou buscar informação e até de interagir com outras pessoas.
A solução simples é aprender a ler pessoas ao invés de palavras. Expô-las a situações que testem, induzam a mostrar sua personalidade e qualidades/carências. Enxergar potencial ao invés de números, fazendo assim a escolha mais racional e eficiente possível.
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