Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), o setor da construção possui forte impacto econômico, social e ambiental:
– 75% dos recursos naturais extraídos são para uso na construção;
– geração de 80 milhões de toneladas/ano de resíduos;
– liberação de gases do efeito estufa, como CO2 e compostos orgânicos voláteis (COV) os vários processos de fabricação de materiais.
– 20% de toda a água é consumida nas cidades e parte disso é desperdiçada;
– a operação dos edifícios é responsável por 18% do consumo total de energia do país e por cerca de 50% de toda a utilização de energia elétrica;
– o setor é o maior gerador de empregos diretos e indiretos;
– parte dos operários da construção se encontra na linha de pobreza;
– a informalidade é prática de mais de 50% das empresas do setor.
Para reduzirmos estes impactos, as fases do processo de produção de um edifício – concepção, projeto, especificação de materiais, construção e uso e operação – devem ser planejadas com base na sustentabilidade.
Principais aspectos que devem ser considerados na construção:
Qualidade da implantação:
Inserção na paisagem urbana; qualidade do projeto urbanístico; recuperação de áreas degradadas; compensação de passivos ambientais do terreno; preservação da vegetação; eliminação de ilhas de calor; áreas livres permeáveis; áreas de estacionamento que incentivam o combustível alternativo e o uso de meios de transporte de baixo consumo energético (bicicletas…).
Economia de água:
Projetos de reuso, captação pluvial, adoção de componentes que reduzam seu consumo, tecnologias inovadoras para redução do volume de esgoto (mictórios e bacias), estação de tratamento de esgoto; e também metodologias, tecnologias e equipamentos de baixo consumo além da incorporação de tecnologias e equipamentos corretamente empregados no exterior ainda não disponíveis para uso no Brasil;
Eficiência energética:
Projetos racionalizados de condicionamento térmico artificial e equipamentos de condicionamento mais eficientes, iluminação, transporte horizontal e vertical, adoção de equipamentos de alto desempenho energético, medição individualizada, energia renovável, envelopes da construção eficientes em termos de consumo de energia, energia eólica, aquecimento solar, comissionamento de instalações.
Qualidade do ambiente interno:
Conforto térmico, visual, acústico, ventilação, iluminação natural, qualidade do ar interno, especificação de materiais que não emitam compostos orgânicos voláteis e CFC, controle da fumaça de tabaco.
Especificação de materiais sustentáveis:
Emprego de percentuais significativo de componentes reciclados em sua fabricação e baixas emissões de gases que aumentam o aquecimento global, madeira certificada, declaração ambiental do produto, seleção de fornecedores com práticas de responsabilidade social; materiais com compostos orgânicos voláteis prejudicam a saúde dos ocupantes e os trabalhadores assim como emprego de materiais que empregam produtos perigosos na elaboração (amianto, chumbo, …).
Coleta seletiva do lixo e uso recicláveis:
Projeto de coleta seletiva do lixo do edifício e previsão de locais para materiais recicláveis incentivando a prática responsável no descarte, seleção, deposição de resíduos.
Racionalização de sistemas construtivos e redução de desperdícios:
Industrialização da construção, racionalização de sistemas construtivos, redução de desperdícios; aumento da (durabilidade) vida útil do ambiente construído e planejamento da manutenção;
Minimização dos impactos da obra na sua vizinhança:
Canteiros de obras geram poeira e ruído e processos de construção limpa são necessários; práticas responsáveis com relação ao uso de equipamentos de baixa emissão acústica, respeito a horário de trabalho, minimização da circulação de veículos e máquinas, controle na geração de poluentes, não destruição da paisagem e do entorno.
Programa de gestão dos resíduos da obra:
Seleção de resíduos visando a reciclagem, reaproveitamento e deposição final adequada.
Responsabilidade social no canteiro:
Responsabilidade social no canteiro, por meio de ações de inclusão social, educação ambiental e programas de capacitação e inserção da comunidade local.
Manual de uso e operação do edifício:
Manual de uso e operação do edifício, a fim de orientar os administradores do condomínio e os futuros usuários para a adoção das práticas de uso sustentável, objetivando atingir o desempenho projetado e previsto ao longo de sua vida útil.
Adoção de indicadores de desempenho do edifício em relação à sustentabilidade:
Adotar para avaliar na fase de uso e operação, propiciando dados e informações para a gestão do condomínio.
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