Arquitetura Paleocristã, Bizantina, Românica e Gótica

ARTIGOS fev 19, 2016 No Comments
ARQUITETURA PALEOCRISTÃ (CRISTÃ PRIMITIVA)

Fatos: Constantino converte-se ao catolicismo; cristãos abandonam as catacumbas; ocupam as basílicas romanas e adaptam para uma basílica cristã; criam suas próprias basílicas. Basílica: tanto os gregos como os romanos, adotavam um modeelo de edifício, denominado “basílica” (origem: Basileu = Juiz), lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais, que depois passam a ser usadas para fins religiosos, por causa do tamanho e por poder abrigar um número alto de fiéis.

Elementos e sistemas construtivos: os arcos, as abóbadas e as cúpulas, são, neste ponto da história da arquitetura, os elementos construtivos que se movimentam e regram o sentido plástico e estático dos acontecimentos, passando de um estilo a outro. As colunas passaram a suportar diretamente os arcos apoiadas sobre os seus capitéis, sem que ali estivessem de permeio cornijas ou arquitraves.


 ARQUITETURA BIZANTINA

Características plásticas: uso de elementos gregos e romanos; horizontalidade; cheios sobre vazados; aspecto pesado.
Materiais e sistemas construtivos: abóbada de aresta; abóbada de berço; abóbada em barrete de clérigo; abóbada sobre pendentes com ou sem trompas; cúpula; arcos; e trílito. O capitel bizantino tem a forma exata de uma abóbada de pendentes invertida, e como tal, se propõe a transmitir e concentrar a carga de uma superfície quadrada a uma circular que é a seção da coluna.

Basílica: elementos básicos arquitetônicos da igreja bizantina eram a construção de abóbadas múltiplas, a cúpula e o plano centralizado. O plano da basílica, longo e retangular, era inadequado a um ato litúrgico que ocupava sóm a área central da igreja, e os construtores eclesiásticos bizantinos pouco a pouco adotaram um esquema mais compacto e apropriado, que em geral tomava a forma de uma cruz grega. O mais significativo modelo da arquitetura bizantina é a Basílica de Santa Sofia.


ARQUITETURA ROMÂNICA

Características: recebeu influência da arquitetura romana e bizantina; predomínio de linhas horizontais; cheios sobre vazados: interior sombrio com janelas pequenas; aspecto resistente e pesado; usa-se decoração de santos, animais e gregas.
Materiais e sistemas construtivos: pedras e tijolos; utilização do arco pleno; abóbadas de berço e de aresta; arquivoltas (desníveis entre os arcos plenos); pilares maciços; contraforte (reforça o arco pleno). O telhado era feito de madeira, por conta dos incêndios, começam a construir abóbadas de pedra ou alvenaria. A arquitetura românica não é uma cópia e sim uma sábia adaptação às necessidades da época e que consistiu numa sequência extraordinária de achados de índole visceralmente arquitetônica.

Basílica: possuía nasves laterais e galerias que funcionavam como arcobotantes para a estrutura da nave principal, a galeria e as arcadas das naves laterais aliviam a alvenaria. O transepto e a cúpula sobre o cruzeiro, são acréscimos posteriores. Por conta da construção em abóbada, era imune ao fogo. Os telhados eram feitos de madeira, por ser um material abundante e de construção simples. As abóbadas eram feitas de pedra ou alvenaria para evitar incêndios.

 


CIDADE MEDIEVAL

A cidade medieval propriamente dita só aparece no começões do séc. XI e desenvolve-se principalmente nos séc. XII e XIII. Até então a organização feudal e agrária da sociedade dominava. O surgimento das cidades medievais se deve principalmente ao comércio e à indústria que vão possibilitar a constituição de uma burguesia. Atrai um grande número de pessoas do meio rural que encontram ali um ofício e uma ocupação que os liberta da servidão do campo. Características da cidade: elementos de defesa compostos de muros, fossas, torres e muralhas; edifícios singulares sobressaem na forma urbana medieval, contrapondo-se a estrutura anônima modesta das habitações (exemplo: igrejas ou catedrais, castelo, palácio e torres senhoriais ou Câmara Municipal: lugares de poder); a forma do quarteirão é determinada pelo traçado viário; os edifícios vão concentrar-se no perímetro do quarteirão, em contato direto com a rua, deixando livre a parte posterior de cada lote utilizada para hortas e jardins; a rua é o elemento base do espaço urbano medieval, concebida para se andar a pé ou com animais de carga, delimitada pelas edificações; espaços públicos: o mercado é um espaço importante, como local de trocas e serviçoes. A praça é geralmente irregular e resulta de um vazio aberto na estrutura urbana. Tipos de traçado: Cidade linear – cidade construída ao longo de um caminho (rua principal). Cidade em cruz – possui duas ruas básica que se atravessam perpendicularmente. Cidade radioconcêntrica – traçado em raios e círculos concêntricos. Traçado em esquadria. Cidade espontânea. Traçado em espinha de peixe – uma rua principal de onde saem outra secundárias oblíquas.


ARQUITETURA GÓTICA

Características: recebeu influência da arquitetura românica e islâmica; predomínio de vazios sobre cheios: paredes com grandes janelas e vitrais definindo um interior claro; grandiosidade e delicadeza; decoração de estátuas de santos, cenas bíblicas e animais. Materiais e sistemas construtivos: pedras e vidros coloridos; utilização do arco ogival (quebrado); uso de abóbadas nervuradas, em leque e estreladas; uso de colunetas ou feixes de caneluras; uso de gárgulas para escoamento da água; utilização de arcobotante, que possui a mesma função do contraforte, mas ao invés de ser dentro da parede, o arcobotante fica separado/afastado da parede, é uma espécie de esqueleto externo. Basílicas: prédios muito altos; vitrais; três portas na fachada; grande janela sobre cada porta; rosácea (janela em forma de rosa com vitrais); assimetria. Comparando-a com uma igreja românica, observam-se paredes menos grossas, edifícios mais elevados e graciosos, mais iluminados – inúmeros vitrais – e mais espaçosos.


Texto de autoria da Arquiteta e Urbanista Vanessa De Negri

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REFERÊNCIA ARQUITETURA – Estratégias Bioclimáticas e Sustentáveis

 

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